Cirurgia da coluna evoluiu muito nos últimos anos. Técnicas minimamente invasivas reduziram dor, sangramento e tempo de internação.
Este artigo compara, de forma clara e acessível, duas opções de endoscopic spine: uma com um único acesso e outra com dois acessos. O foco é o que muda no pós-operatório e na recuperação.
Será explicado quando cada técnica costuma ser indicada, por exemplo em hérnia de disco e estenose do canal. Também abordamos benefícios práticos: incisões pequenas, menor agressão muscular e retorno mais rápido às atividades.
A escolha depende do quadro clínico, da experiência do cirurgião e da disponibilidade de equipamentos. Para exemplos de implementação e avanços no Brasil, veja este relato institucional sobre procedimentos minimamente invasivos: iniciativa em hospitais universitários.
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Principais conclusões
- Ambas as técnicas são minimamente invasivas e seguras quando bem indicadas.
- Diferenças técnicas impactam campo de visão, precisão e preservação muscular.
- Resultados: menor dor, menos sangramento e alta precoce em muitos casos.
- Decisão individualizada depende do diagnóstico e da experiência do cirurgião.
- Procure avaliação especializada para escolher a melhor opção para seu caso.
Panorama atual da cirurgia endoscópica de coluna no Brasil e no mundo
Centros de ensino e pesquisa impulsionaram uma transformação no manejo cirúrgico da coluna. A transição das abordagens abertas para MIS e, mais recentemente, para endoscopic spine surgery trouxe ganhos claros em segurança e recuperação.
Do MIS à endoscopic spine surgery: o que mudou no “present”
Protocolos atualizados, como o AO Spine MISS Spectrum Series, padronizam treinamentos e aceleram a curva de aprendizado. As indicações ampliaram-se: além de discectomias, há casos interlaminares e tratamentos de estenose.
Por que a UBE ganhou tração entre cirurgiões
Unilateral biportal endoscopy descreve uma versão assistida que usa arthroscope e instrumentais convencionais. Dois portais independentes oferecem maior liberdade de instrumentação e preservação tecidual.
- Relatos científicos associam a técnica a menor tempo operatório e internação.
- Ergonomia do surgeon melhora com visão frontal e postura mais natural.
- Menor investimento óptico inicial torna o método atrativo em muitos centros.
Esta seção prepara o leitor para comparativos técnicos e resultados clínicos nas próximas partes deste article.
Endoscopia uniportal x biportal: existe diferença para o paciente?
A experiência do pós-operatório costuma diferir em aspectos práticos; entenda quais.
O que o paciente sente e percebe
Menos dor imediata é relatada quando há menor manipulação muscular e bom controle do sangramento. Isso reduz o uso de analgésicos potentes e facilita a mobilização precoce.
Cicatrizes discretas aparecem em ambas as técnicas: uma ou duas incisões curtas, geralmente inferiores a 1 cm, com boa evolução estética.
Impactos em dor, tempo de internação e retorno às atividades
Tempo de internação tende a ser menor em alguns estudos com UBE, que mostra também redução de sangramento e menor uso de opioides quando comparada a técnicas tubulares.
O retorno ao trabalho varia conforme a doença — hérnia de disco costuma ter recuperação mais rápida que estenose — e conforme a extensão da descompressão realizada.
- Resultados clínicos e outcomes são similares entre as abordagens em muitos estudos, com ganho em recuperação.
- Complicações são incomuns; a experiência do cirurgião influencia os melhores resultados.
- Reabilitação guiada e orientações pós-operatórias consolidam os ganhos funcionais.
Se quiser, marque uma consulta para discutir expectativas de dor e o time previsto de retorno às atividades com base no seu diagnóstico e exames.
Como funciona a técnica monoportal (uniportal)
A técnica monoportal usa uma única incisão para acomodar câmera e instrumentos simultaneamente. Pelo mesmo canal de trabalho passa o endoscópio e as pinças, permitindo intervenção focal com mínimo trauma cutâneo.
Um único portal: câmera e instrumentos no mesmo canal
O acesso concentra visão e ação em uma via. A camera fornece magnificação e iluminação, enquanto instrumentos manuseiam hérnias ou estruturas compressivas.
Vantagens, limitações e quando tende a ser suficiente
Vantagens: cicatriz única, menor dano ao muscle e recuperação acelerada. Ideal em casos focais, como hérnias lombares bem localizadas.
- Simplicidade do acesso e benefício estético.
- Limitação: amplitude de movimentos reduzida e campo de visão mais restrito, dificultando triangulação.
- Preservação de ligamentos e melhores índices de dor pós-operatória quando bem indicado.
- Requer seleção criteriosa de casos e curva de aprendizado do cirurgião.
Em suma, é uma endoscopy technique consolidada para problemas localizados em spine. Menos acessos significam menos trauma, mas também menos liberdade para abordagens extensas. O uso de equipamento de alta definição compensa parte das limitações, mantendo segurança e precisão em procedimentos de menor complexidade.
Como funciona a técnica biportal (UBE)
Visão geral: o método usa duas incisões distintas: um viewing portal dedicado à câmera e um working portal para instrumentos. Essa separação melhora o campo visual e a liberdade de manobra.
Viewing portal e working portal: a lógica dos dois acessos
O viewing portal recebe o arthroscope (4 mm, 0°/30°) e entrega iluminação e magnificação. O working portal acomoda burr, Kerrison e pinças.
Em cirurgias por destros, o cirurgião costuma posicionar-se no left side do doente para favorecer triangulação.
Working space, irrigação de baixa pressure e controle por radiofrequency
Cria-se um working space na janela interlaminar com ablação por radiofrequency, que facilita dissecção gradual.
A irrigação por gravidade ou bomba mantém pressão entre 30–50 mmHg, ajustada pela altura da bolsa (50–70 cm). Isso limpa o campo e ajuda no controle do bleeding.
Hemostasia inclui radiofrequency bipolar para veias epidurais e burr para ossos; bone wax é usado em pontos ósseos quando necessário.
Liberdade de instrumentação, triangulação e ergonomia do surgeon
A separação dos portais permite manipulação bimanual e triangulação precisa — alinhar a ponta do instrumento à frente da lente melhora controle e segurança.
Ergonomia: monitor ao nível dos olhos, ombros relaxados e cotovelos a 90° reduzem fadiga e aumentam estabilidade durante o procedimento.
Equipamentos usuais: arthroscope, burr, Kerrison e afins
O arsenal típico inclui arthroscope, burr motorizado, Kerrison, pituitárias, osteótomos e probes. Esses equipment permitem descompressões amplas, úteis em estenose e laminectomy.
- Vantagem prática: maior campo visual e alcance em níveis complexos da spine.
- Risco controlado: monitorar a pressure evita ocultar sangramentos e minimiza cefaleia pós-op.
- Benefício ao doente: menos sangramento, alta precoce e incisões pequenas com preservação tecidual.
Comparativo técnico-clínico: campo de visão, precisão e preservação muscular
Vamos comparar como diferenças técnicas impactam visão, precisão e proteção tecidual em spine surgery. A análise foca em aspectos que afetam outcomes e recuperação funcional.
Campo visual e magnificação
camera dedicada em biportal endoscopic oferece magnificação ampla e irrigação contínua. Isso mantém o space limpo e melhora a identificação de estruturas neurais.
Na abordagem monoportal a visão é satisfatória, mas a câmera e os instrumentos compartilham o mesmo canal, limitando ângulos e mobilidade.
Precisão em estenose e hérnia lombar
A triangulação disponível na técnica com dois acessos facilita descompressões amplas, incluindo laminectomy quando indicada, e permite controle mais fino do bleeding com radiofrequency.
Estudos observacionais registram menor tempo operatório e menor necessidade de opioides com a técnica biportal, sem prejuízo dos outcomes clínicos.
Preservação de músculos e ligamentos, sangramento e drenagem
Preservação do multifidus e menor retração muscular reduzem risco de atrofia e dor crônica. Ambos os métodos priorizam proteção do muscle paravertebral.
“Menor dissecção e hemostasia eficaz reduzem frequentemente a necessidade de drenagem e aceleram alta hospitalar.”
| Parâmetro | Canal compartilhado | camera dedicada |
|---|---|---|
| Campo de visão | Boa, angulação limitada | Ampla, magnificação e irrigação contínua |
| Sangramento e drenagem | Moderado, drenagem ocasional | Menor bleeding, drenagem reduzida |
| Indicação clínica | Hérnia focal | Estenose e descompressões extensas |
Alinhar indicação, técnica e experiência do cirurgião é crucial. Assim, o resultado se traduz em menos dor, alta precoce e retorno funcional mais rápido.
Indicações, resultados e evidências em estenose e hérnia de disco
A indicação cirúrgica depende de anatomia, extensão da compressão e metas funcionais do tratamento.
Quando escolher abordagem com canal único
Casos ideais: hérnia de disco focal, níveis isolados e anatomia favorável. Nessas situações, a via compartilhada permite intervenção precisa com incisões mínimas.
Quando optar pela técnica com câmera dedicada
Indicações: spinal stenosis com recessos estreitos, descompressões multissegmentares e laminectomy seletiva. A liberdade de instrumentação facilita trabalhos mais amplos e controle hemostático aprimorado.
Desfechos e tempo de recuperação: o que dizem os estudos
Randomizados e séries prospectivas mostram que, em estenose lombar, a unilateral biportal endoscopy alcança outcomes semelhantes ou superiores às técnicas tubulares.
Vantagens relatadas incluem menor time de sala, menor perda sanguínea, redução no uso de opioides e internação mais curta (Kang; Park; Aygun & Abdulshafi).
Em disc herniation e patologias de lumbar disc, os resultados são comparáveis à microdiscectomia, com ganho em dor pós-operatória e alta precoce em várias séries.
- Seleção do caso e experiência do cirurgião influenciam taxas de sucesso e complicações.
- A endoscopic decompression com câmera dedicada permite descompressão contralateral via acesso unilateral, preservando estruturas.
- O time de recuperação encurta em ambas as abordagens, variando conforme extensão da descompressão e comorbidades.
Ressonância magnética e avaliação clínica guiam a escolha do procedimento. Para entender fundamentos e vantagens das técnicas minimamente invasivas, leia mais neste texto sobre vídeo-cirurgia da coluna: endoscopia da coluna: o que é.
Decisão compartilhada: experiência do cirurgião, equipamentos e seu caso
A escolha da técnica deve integrar dados clínicos, recursos disponíveis e experiência do surgeon. Esse processo garante segurança e melhor recuperação após surgery na spine.
Critérios práticos
Identificar o level acometido e avaliar os neural elements comprometidos (raiz ou saco dural) é o primeiro passo. A extensão da compressão e a lateralidade orientam posicionamento e seleção de portais.
Comorbidades como idade avançada, osteoporose ou uso de anticoagulantes influenciam a estratégia e o tipo de anestesia (sedação local ou geral).
Equipamento e experiência
A UBE utiliza equipment convencional de cirurgia da coluna — burr, Kerrison e pituitárias — que favorece ergonomia e manipulação precisa. A experiência do surgeon reduz riscos e otimiza resultados.
“A análise objetiva do level, extensão e elementos neurais decide a via mais segura e eficaz.”
Converse com um especialista em dor e coluna
Discuta benefícios, riscos e alternativas, inclusive manejo conservador. A decisão compartilhada alinha expectativas, suporte domiciliar e retorno ao trabalho.
- Critérios: level, extensão da compressão e neural elements envolvidos.
- Comorbidades: ajustam técnica e anestesia.
- Surgeon e equipment: experiência e recursos garantem precisão.
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Conclusão
Conclui-se que o melhor resultado surge do equilíbrio entre técnica, experiência e necessidade clínica.
Ambas as opções pertencem ao guarda-chuva da endoscopic spine surgery e são minimamente invasivas e seguras quando bem indicadas.
A biportal endoscopic e a unilateral biportal endoscopic destacam‑se por dois portal, arthroscope, irrigação sob pressure controlada (30–50 mmHg), working space bem definido e uso de radiofrequency para hemostasia. O posicionamento pode favorecer o left side em cirurgias por destros.
Em spinal stenosis e laminectomy seletiva há evidências de melhores outcomes operatórios: menor time, menos bleeding e preservação do muscle. Em casos focais, como lombar disc, a outra técnica costuma ser suficiente.
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FAQ
O que muda para o paciente entre técnicas monoportal e biportal na cirurgia endoscópica de coluna?
Ambas visam reduzir trauma e acelerar recuperação. A técnica com um único acesso concentra câmera e instrumentos no mesmo canal, o que pode ser suficiente em casos de hérnia focal. A abordagem com dois portais separa visualização e trabalho, oferecendo melhor campo de visão e triangulação, útil em estenoses ou descompressões maiores. O impacto clínico depende do caso, da habilidade do cirurgião e do equipamento disponível.
Como costuma ser a dor e o tempo de internação após cada técnica?
Em geral, pacientes submetidos a procedimientos minimamente invasivos relatam menos dor imediata e alta hospitalar mais rápida. Estudos mostram diferenças pequenas entre as duas técnicas quando realizadas por cirurgiões experientes. A recuperação e retorno ao trabalho variam conforme extensão da descompressão e condição prévia do paciente.
Quais são as vantagens práticas do acesso biportal (UBE) durante a cirurgia?
O acesso com dois portais permite melhor visualização com uma câmera dedicada e espaço de trabalho separado. Isso facilita a instrumentação, controle de sangramento com radiofrequency e uso de burrs e Kerrison para laminectomia ou facetectomia parcimoniosa. A triangulação melhora precisão e ergonomia do cirurgião.
Quando a técnica monoportal é suficiente?
A via monoportal costuma ser indicada em hérnias de disco lombar localizadas e procedimentos com necessidade de descompressão focal. É eficiente quando o objetivo é tratar lesões bem definidas, preservando músculos e poupando tempo operatório em casos simples.
A preservação muscular e ligamentar é melhor em alguma das técnicas?
Ambas são minimamente invasivas e minimizam dano muscular comparado à cirurgia aberta. A biportal pode permitir acesso mais amplo sem aumentar incisão, favorecendo preservação de estruturas em descompressões extensas. A escolha depende da extensão da doença e planejamento cirúrgico.
Há maior risco de sangramento ou necessidade de drenagem no biportal?
Com irrigação de baixa pressão e uso de radiofrequency, o controle de sangramento em UBE é eficaz. Não há diferença sistemática de risco quando a técnica é bem executada. Em casos complexos a necessidade de drenagem é avaliada individualmente.
Como a escolha afeta o tempo de cirurgia e a curva de aprendizado?
A técnica biportal oferece maior liberdade de instrumentação, mas exige coordenação entre visão e trabalho, resultando em curva de aprendizado moderada. A monoportal pode ser mais direta inicialmente. O tempo operatório tende a diminuir com a experiência do cirurgião em ambas as técnicas.
Quais equipamentos são comuns na via biportal?
São usados arthroscope ou câmera endoscópica dedicada, sistema de irrigação, burrs de alta rotação, instrumentos como Kerrison, pinças e radiofrequency para hemostasia. Equipamentos adequados melhoram campo visual e segurança.
Existem diferenças nos desfechos para estenose do canal versus hérnia de disco?
Para hérnia focal, ambas as técnicas apresentam bons resultados. Em estenose degenerativa que exige laminectomia parcial ou descompressão bilateral, a biportal costuma oferecer vantagem técnica por permitir acesso ampliado e melhor visualização das estruturas neurais.
Quais critérios práticos guiam a escolha entre os dois acessos?
Considera-se nível lombar afetado, extensão da lesão, envolvimento de elementos neurais, antecedentes cirúrgicos e comorbidades. A experiência do cirurgião e disponibilidade de equipamentos também definem a opção mais segura e eficaz.
Como o paciente deve se preparar e o que esperar no pós-operatório imediato?
Preparação inclui avaliação clínica, exames de imagem e otimização de comorbidades. No pós-operatório, espera-se dor controlada com medicação oral, mobilização precoce e orientações para evitar esforço. Plano de reabilitação é individualizado conforme técnica e extensão da descompressão.
A escolha da técnica altera significativamente os resultados a longo prazo?
Evidências indicam que resultados funcionais a longo prazo dependem do diagnóstico correto, decompression adequada e reabilitação. Quando bem indicada, tanto a via monoportal quanto a biportal podem proporcionar alívio duradouro, com diferenças pequenas nos desfechos quando comparadas por cirurgiões experientes.
Como conversar com o especialista sobre qual técnica é a melhor para meu caso?
Pergunte ao cirurgião sobre sua experiência com cada técnica, equipamentos disponíveis, riscos específicos ao seu quadro e expectativas de recuperação. A decisão deve ser compartilhada, baseada em diagnóstico, imagem, comorbidades e metas do paciente. Agende consulta para avaliação detalhada.
Onde posso marcar uma avaliação com um especialista?
Pacientes que desejam avaliação podem agendar consulta com o Dr. Marcus Torres Lobo por meio do formulário: https://form.respondi.app/45MWxiHe. A avaliação permite indicar a técnica mais adequada ao seu caso.