Cirurgia da coluna evoluiu muito nos últimos anos. Técnicas minimamente invasivas reduziram dor, sangramento e tempo de internação.
Este artigo compara, de forma clara e acessível, duas opções de endoscopic spine: uma com um único acesso e outra com dois acessos. O foco é o que muda no pós-operatório e na recuperação.
Será explicado quando cada técnica costuma ser indicada, por exemplo em hérnia de disco e estenose do canal. Também abordamos benefícios práticos: incisões pequenas, menor agressão muscular e retorno mais rápido às atividades.
A escolha depende do quadro clínico, da experiência do cirurgião e da disponibilidade de equipamentos. Para exemplos de implementação e avanços no Brasil, veja este relato institucional sobre procedimentos minimamente invasivos: iniciativa em hospitais universitários.
Agende uma consulta com o Dr. Marcus Torres Lobo para discutir seu caso: agendamento com Dr. Marcus Torres Lobo.
Principais conclusões
- Ambas as técnicas são minimamente invasivas e seguras quando bem indicadas.
- Diferenças técnicas impactam campo de visão, precisão e preservação muscular.
- Resultados: menor dor, menos sangramento e alta precoce em muitos casos.
- Decisão individualizada depende do diagnóstico e da experiência do cirurgião.
- Procure avaliação especializada para escolher a melhor opção para seu caso.
Panorama atual da cirurgia endoscópica de coluna no Brasil e no mundo
Centros de ensino e pesquisa impulsionaram uma transformação no manejo cirúrgico da coluna. A transição das abordagens abertas para MIS e, mais recentemente, para endoscopic spine surgery trouxe ganhos claros em segurança e recuperação.
Do MIS à endoscopic spine surgery: o que mudou no “present”
Protocolos atualizados, como o AO Spine MISS Spectrum Series, padronizam treinamentos e aceleram a curva de aprendizado. As indicações ampliaram-se: além de discectomias, há casos interlaminares e tratamentos de estenose.
Por que a UBE ganhou tração entre cirurgiões
Unilateral biportal endoscopy descreve uma versão assistida que usa arthroscope e instrumentais convencionais. Dois portais independentes oferecem maior liberdade de instrumentação e preservação tecidual.
- Relatos científicos associam a técnica a menor tempo operatório e internação.
- Ergonomia do surgeon melhora com visão frontal e postura mais natural.
- Menor investimento óptico inicial torna o método atrativo em muitos centros.
Esta seção prepara o leitor para comparativos técnicos e resultados clínicos nas próximas partes deste article.
Endoscopia uniportal x biportal: existe diferença para o paciente?
A experiência do pós-operatório costuma diferir em aspectos práticos; entenda quais.
O que o paciente sente e percebe
Menos dor imediata é relatada quando há menor manipulação muscular e bom controle do sangramento. Isso reduz o uso de analgésicos potentes e facilita a mobilização precoce.
Cicatrizes discretas aparecem em ambas as técnicas: uma ou duas incisões curtas, geralmente inferiores a 1 cm, com boa evolução estética.
Impactos em dor, tempo de internação e retorno às atividades
Tempo de internação tende a ser menor em alguns estudos com UBE, que mostra também redução de sangramento e menor uso de opioides quando comparada a técnicas tubulares.
O retorno ao trabalho varia conforme a doença — hérnia de disco costuma ter recuperação mais rápida que estenose — e conforme a extensão da descompressão realizada.
- Resultados clínicos e outcomes são similares entre as abordagens em muitos estudos, com ganho em recuperação.
- Complicações são incomuns; a experiência do cirurgião influencia os melhores resultados.
- Reabilitação guiada e orientações pós-operatórias consolidam os ganhos funcionais.
Se quiser, marque uma consulta para discutir expectativas de dor e o time previsto de retorno às atividades com base no seu diagnóstico e exames.
Como funciona a técnica monoportal (uniportal)
A técnica monoportal usa uma única incisão para acomodar câmera e instrumentos simultaneamente. Pelo mesmo canal de trabalho passa o endoscópio e as pinças, permitindo intervenção focal com mínimo trauma cutâneo.
Um único portal: câmera e instrumentos no mesmo canal
O acesso concentra visão e ação em uma via. A camera fornece magnificação e iluminação, enquanto instrumentos manuseiam hérnias ou estruturas compressivas.
Vantagens, limitações e quando tende a ser suficiente
Vantagens: cicatriz única, menor dano ao muscle e recuperação acelerada. Ideal em casos focais, como hérnias lombares bem localizadas.
- Simplicidade do acesso e benefício estético.
- Limitação: amplitude de movimentos reduzida e campo de visão mais restrito, dificultando triangulação.
- Preservação de ligamentos e melhores índices de dor pós-operatória quando bem indicado.
- Requer seleção criteriosa de casos e curva de aprendizado do cirurgião.
Em suma, é uma endoscopy technique consolidada para problemas localizados em spine. Menos acessos significam menos trauma, mas também menos liberdade para abordagens extensas. O uso de equipamento de alta definição compensa parte das limitações, mantendo segurança e precisão em procedimentos de menor complexidade.
Como funciona a técnica biportal (UBE)
Visão geral: o método usa duas incisões distintas: um viewing portal dedicado à câmera e um working portal para instrumentos. Essa separação melhora o campo visual e a liberdade de manobra.
Viewing portal e working portal: a lógica dos dois acessos
O viewing portal recebe o arthroscope (4 mm, 0°/30°) e entrega iluminação e magnificação. O working portal acomoda burr, Kerrison e pinças.
Em cirurgias por destros, o cirurgião costuma posicionar-se no left side do doente para favorecer triangulação.
Working space, irrigação de baixa pressure e controle por radiofrequency
Cria-se um working space na janela interlaminar com ablação por radiofrequency, que facilita dissecção gradual.
A irrigação por gravidade ou bomba mantém pressão entre 30–50 mmHg, ajustada pela altura da bolsa (50–70 cm). Isso limpa o campo e ajuda no controle do bleeding.
Hemostasia inclui radiofrequency bipolar para veias epidurais e burr para ossos; bone wax é usado em pontos ósseos quando necessário.
Liberdade de instrumentação, triangulação e ergonomia do surgeon
A separação dos portais permite manipulação bimanual e triangulação precisa — alinhar a ponta do instrumento à frente da lente melhora controle e segurança.
Ergonomia: monitor ao nível dos olhos, ombros relaxados e cotovelos a 90° reduzem fadiga e aumentam estabilidade durante o procedimento.
Equipamentos usuais: arthroscope, burr, Kerrison e afins
O arsenal típico inclui arthroscope, burr motorizado, Kerrison, pituitárias, osteótomos e probes. Esses equipment permitem descompressões amplas, úteis em estenose e laminectomy.
- Vantagem prática: maior campo visual e alcance em níveis complexos da spine.
- Risco controlado: monitorar a pressure evita ocultar sangramentos e minimiza cefaleia pós-op.
- Benefício ao doente: menos sangramento, alta precoce e incisões pequenas com preservação tecidual.
Comparativo técnico-clínico: campo de visão, precisão e preservação muscular
Vamos comparar como diferenças técnicas impactam visão, precisão e proteção tecidual em spine surgery. A análise foca em aspectos que afetam outcomes e recuperação funcional.
Campo visual e magnificação
camera dedicada em biportal endoscopic oferece magnificação ampla e irrigação contínua. Isso mantém o space limpo e melhora a identificação de estruturas neurais.
Na abordagem monoportal a visão é satisfatória, mas a câmera e os instrumentos compartilham o mesmo canal, limitando ângulos e mobilidade.
Precisão em estenose e hérnia lombar
A triangulação disponível na técnica com dois acessos facilita descompressões amplas, incluindo laminectomy quando indicada, e permite controle mais fino do bleeding com radiofrequency.
Estudos observacionais registram menor tempo operatório e menor necessidade de opioides com a técnica biportal, sem prejuízo dos outcomes clínicos.
Preservação de músculos e ligamentos, sangramento e drenagem
Preservação do multifidus e menor retração muscular reduzem risco de atrofia e dor crônica. Ambos os métodos priorizam proteção do muscle paravertebral.
“Menor dissecção e hemostasia eficaz reduzem frequentemente a necessidade de drenagem e aceleram alta hospitalar.”
| Parâmetro | Canal compartilhado | camera dedicada |
|---|---|---|
| Campo de visão | Boa, angulação limitada | Ampla, magnificação e irrigação contínua |
| Sangramento e drenagem | Moderado, drenagem ocasional | Menor bleeding, drenagem reduzida |
| Indicação clínica | Hérnia focal | Estenose e descompressões extensas |
Alinhar indicação, técnica e experiência do cirurgião é crucial. Assim, o resultado se traduz em menos dor, alta precoce e retorno funcional mais rápido.
Indicações, resultados e evidências em estenose e hérnia de disco
A indicação cirúrgica depende de anatomia, extensão da compressão e metas funcionais do tratamento.
Quando escolher abordagem com canal único
Casos ideais: hérnia de disco focal, níveis isolados e anatomia favorável. Nessas situações, a via compartilhada permite intervenção precisa com incisões mínimas.
Quando optar pela técnica com câmera dedicada
Indicações: spinal stenosis com recessos estreitos, descompressões multissegmentares e laminectomy seletiva. A liberdade de instrumentação facilita trabalhos mais amplos e controle hemostático aprimorado.
Desfechos e tempo de recuperação: o que dizem os estudos
Randomizados e séries prospectivas mostram que, em estenose lombar, a unilateral biportal endoscopy alcança outcomes semelhantes ou superiores às técnicas tubulares.
Vantagens relatadas incluem menor time de sala, menor perda sanguínea, redução no uso de opioides e internação mais curta (Kang; Park; Aygun & Abdulshafi).
Em disc herniation e patologias de lumbar disc, os resultados são comparáveis à microdiscectomia, com ganho em dor pós-operatória e alta precoce em várias séries.
- Seleção do caso e experiência do cirurgião influenciam taxas de sucesso e complicações.
- A endoscopic decompression com câmera dedicada permite descompressão contralateral via acesso unilateral, preservando estruturas.
- O time de recuperação encurta em ambas as abordagens, variando conforme extensão da descompressão e comorbidades.
Ressonância magnética e avaliação clínica guiam a escolha do procedimento. Para entender fundamentos e vantagens das técnicas minimamente invasivas, leia mais neste texto sobre vídeo-cirurgia da coluna: endoscopia da coluna: o que é.
Decisão compartilhada: experiência do cirurgião, equipamentos e seu caso
A escolha da técnica deve integrar dados clínicos, recursos disponíveis e experiência do surgeon. Esse processo garante segurança e melhor recuperação após surgery na spine.
Critérios práticos
Identificar o level acometido e avaliar os neural elements comprometidos (raiz ou saco dural) é o primeiro passo. A extensão da compressão e a lateralidade orientam posicionamento e seleção de portais.
Comorbidades como idade avançada, osteoporose ou uso de anticoagulantes influenciam a estratégia e o tipo de anestesia (sedação local ou geral).
Equipamento e experiência
A UBE utiliza equipment convencional de cirurgia da coluna — burr, Kerrison e pituitárias — que favorece ergonomia e manipulação precisa. A experiência do surgeon reduz riscos e otimiza resultados.
“A análise objetiva do level, extensão e elementos neurais decide a via mais segura e eficaz.”
Converse com um especialista em dor e coluna
Discuta benefícios, riscos e alternativas, inclusive manejo conservador. A decisão compartilhada alinha expectativas, suporte domiciliar e retorno ao trabalho.
- Critérios: level, extensão da compressão e neural elements envolvidos.
- Comorbidades: ajustam técnica e anestesia.
- Surgeon e equipment: experiência e recursos garantem precisão.
Agende uma consulta agora mesmo com a Dr. Marcus Torres Lobo especialista em dor e coluna: https://form.respondi.app/45MWxiHe. O acompanhamento próximo permite ajustes que aumentam segurança e desfechos a longo prazo.
Conclusão
Conclui-se que o melhor resultado surge do equilíbrio entre técnica, experiência e necessidade clínica.
Ambas as opções pertencem ao guarda-chuva da endoscopic spine surgery e são minimamente invasivas e seguras quando bem indicadas.
A biportal endoscopic e a unilateral biportal endoscopic destacam‑se por dois portal, arthroscope, irrigação sob pressure controlada (30–50 mmHg), working space bem definido e uso de radiofrequency para hemostasia. O posicionamento pode favorecer o left side em cirurgias por destros.
Em spinal stenosis e laminectomy seletiva há evidências de melhores outcomes operatórios: menor time, menos bleeding e preservação do muscle. Em casos focais, como lombar disc, a outra técnica costuma ser suficiente.
Agende uma consulta com a Dr. Marcus Torres Lobo: https://form.respondi.app/45MWxiHe